São Paulo, terça-feira, 3 de setembro de 1996 |
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Presidentes devem assistir a ato de produtores de coca
MARTA SALOMON
Estão previstas a presença de 14 presidentes da América Latina e Caribe. O presidente Fernando Henrique Cardoso desembarcou ontem à tarde na cidade boliviana. Os "cocaleros" deixaram a Villa Tunare, a 169 km de Cochabamba, e ameaçam interromper o projeto de erradicação do cultivo da planta no país. A Bolívia se comprometeu a erradicar 6.000 hectares de plantações de coca até o fim de 96. Em todo o país, o cultivo de coca domina 42 mil hectares e há, pelo menos, 50 mil produtores da planta, que alegam que o governo não criou opções para eles e reagem à ameaça de perda de terras. Segundo o governo boliviano, mais de 90% da coca produzida no país são transformados em 12 toneladas de cocaína por ano. Uma parte pequena da produção vira chá ou um tipo de chiclete. O ministro de Governo da Bolívia, Carlos Sanchez Berzain, chegou a fazer um apelo aos "cocaleros" para que suspendessem o protesto durante o encontro. Os chanceleres já descartaram a proposta do Panamá de criar um organismo internacional nos Estados Unidos para conter o narcotráfico. "Temos que combater com cooperação, mas sem subordinação a comando externo", avaliou o ministro Luiz Felipe Lampreia (Relações Exteriores). Fazem parte do Grupo do Rio: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, México, Paraná, Paraguai, Peru, Uruguai, Venezuela, Costa Rica e Trinidad e Tobago. Texto Anterior: Programa de índio Próximo Texto: Pobreza é o problema, dizem ministros Índice |
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