São Paulo, terça-feira, 3 de setembro de 1996 |
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Pobreza é o problema, dizem ministros
MARTA SALOMON
"A pobreza é o mais dramático problema desses países", afirmou o ministro Luiz Felipe Lampreia (Relações Exteriores), resumindo o esboço do que será discutido hoje e amanhã pelos presidentes. O documento, que marcará o décimo aniversário do Grupo do Rio, reafirmará a "disposição os países membros de superar a pobreza, a desnutrição, a marginalidade, a falta de acesso à saúde e o analfabetismo". O Brasil detém uma das piores condições de desenvolvimento humano, segundo a mais recente classificação da ONU (Organização das Nações Unidas). A Costa Rica apresenta o melhor perfil de "desenvolvimento humano" na região, de acordo com a classificação da ONU. Nos dez anos de existência do fórum, a vigilância da democracia foi a principal tarefa do grupo. Apesar da tentativa fracassada de golpe de Estado no Paraguai, em abril, e dos conflitos entre guerrilheiros e policiais no México, a avaliação dos chanceleres é que já existe um mecanismo consolidado na região de defesa da democracia. "Penetra" A presença da embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Madeleine Albright, em Cochabamba -sem ser convidada- provocou especulação na véspera da abertura da reunião do Grupo do Rio. A especulação mais forte era que a embaixadora tentaria amenizar as críticas do Grupo do Rio contra a Lei Helms-Burton, que endureceu o embargo comercial dos EUA a Cuba, impondo sanções a investidores de outros países. "Não é necessário ser comunista para ver que leis com efeitos extraterritoriais contrariam as regras do comércio internacional", criticou Lampreia, antecipando o tom que será adotado oficialmente pelos presidentes. O chanceler brasileiro descartou a possibilidade de Albright ser recebida por FHC. Um comportamento que deverá ser seguido pelos colegas. Texto Anterior: Presidentes devem assistir a ato de produtores de coca Próximo Texto: FHC muda discurso e elogia antecessores na Presidência Índice |
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