São Paulo, terça-feira, 3 de setembro de 1996
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USP planeja vetar veículos aos domingos

Reabertura ao público não tem data

FERNANDO ROSSETTI
DA REPORTAGEM LOCAL

Veículos motorizados, como carros e motos, não deverão poder entrar na Cidade Universitária da USP (Universidade de São Paulo) quando ela for reaberta nos finais de semana.
A sugestão é da comissão criada pela reitoria para estudar como deverá ser a utilização do campus, na zona oeste de São Paulo, pela população.
O relatório final da comissão -que reuniu professores e representantes dos bairros em volta da universidade- foi entregue no mês passado para o reitor, Flávio Fava de Moraes. Agora, a reitoria estuda como implementar as sugestões.
Segundo o presidente da comissão, o chefe do Departamento de História da Arquitetura da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Benedito Lima de Toledo, 53, a idéia é criar um "museu a céu aberto", semelhante ao La Villette, da França.
Haverá monitores treinados para orientar as pessoas que queiram visitar o campus, que tem sete museus, um parque ecológico atualmente em construção na praça do Relógio, teatros e muitos laboratórios de pesquisa.
"Quem quiser jogar bola ou ouvir concertos barulhentos terá de ir ao parque Villa Lobos", afirmou Toledo.
O prefeito da Cidade Universitária, Antônio Rodrigues Martins, diz que ainda não há decisão sobre quando será reaberto o campus, que está fechado nos finais de semana desde janeiro de 1995.
"A USP é voltada para educação, cultura, ciência e tecnologia. Mas estava havendo, nos finais de semana, um certo desvirtuamento dessa função", diz Toledo.
Esse "desvirtuamento", segundo ele, eram os jogos de futebol, que destruíam a praça do Relógio, e toda a poluição sonora e a provocada pelos veículos.
"O que queremos é oferecer um produto cultural e uma educação ambiental." A comissão sugere que as pessoas andem a pé no campus nos finais de semana, ou que se façam convênios para o transporte coletivo no interior da Cidade Universitária.
Eventos como peças de teatro ou concertos poderão ocorrer, mas as pessoas deverão retirar convites com antecedência, "como em qualquer lugar", diz Toledo.

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