São Paulo, quarta-feira, 4 de setembro de 1996
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Mercado de mangalarga começa a reagir

DA REPORTAGEM LOCAL

Um das raças mais atingidas pela "ressaca" do mercado de cavalos este ano, a mangalarga dá sinais de reação.
Dia 27 último, no Palace, em São Paulo, o leilão dos haras da Janga e Precioso conseguiu média de R$ 10,1 mil na venda de 34 lotes.
O faturamento bruto atingiu R$ 344,1 mil e os lotes foram negociados em 24 parcelas mensais, sem juros.
A média, segundo os promotores do leilão, é a maior da temporada de 96 para a raça mangalarga.
Segundo informa a Remate, empresa que organizou o evento, a qualidade e o pedigree dos animais foram fundamentais para a efetivação dos negócios.
Os haras da Janga (Paulo Barbanti) e Precioso (Eduardo Rabinovich, Léo Steinbruch e Fábio Vidiz) estão entre os criatórios que mais investiram em animais premiados nos últimos dez anos.
"Eles formaram plantéis de alto padrão, adquirindo éguas e cavalos grandes campeões. Hoje começam a obter retorno do investimento", afirma Gerson Prata Júnior, diretor da Remate.
Prata diz ainda que os dois criatórios possuem algumas das principais matrizes da raça mangalarga em atividade no país.
A égua mais cara da noite foi Opigena OJC, apresentada pelo selecionador Orpheu José da Costa, um dos vendedores convidados, e adquirida por Joaquim Bento Souza Neto por R$ 45,6 mil.
O leilão vendeu ainda embriões de éguas. Tailândia, pertencente ao haras Fantil Brasil, teve um embrião negociado por R$ 19,6 mil para o criador Francisco de Luccia.
Outra égua, Sri Lanka da Janga, do haras Precioso, teve um embrião comercializado por R$ 14,4 mil. O comprador também foi Francisco de Luccia.
O leilão superou as expectativas de um dos seus promotores, o empresário Eduardo Rabinovich.
"Foi muito importante o fato de nossos cavalos terem alcançado a maior média para o mangalarga no primeiro semestre", afirma Rabinovich.

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