São Paulo, quarta-feira, 4 de setembro de 1996 |
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BC admite desempenho fiscal regular
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O diretor de Política Monetária e Política Econômica do Banco Central, Francisco Lopes, concordou parcialmente com as críticas sobre o desempenho fiscal brasileiro feitas anteontem pelo economista Vito Tanzi, do FMI (Fundo Monetário Internacional)."Realmente precisamos aumentar o superávit primário (resultado das contas públicas, descontadas as despesas com os juros da dívida). Mas esse superávit não precisa ser tão grande", afirmou Lopes. Anteontem, Tanzi disse que o governo precisaria de um superávit entre 3% e 4% do PIB (Produto Interno Bruto, total de bens e serviços produzidos pelo país) para compensar as altas taxas de juros da dívida pública. Tanzi argumentou que seria necessário "um novo e significativo arrocho fiscal". Lopes afirma que, na verdade, o resultado fiscal necessário ao financiamento dos juros é bem menor. Para ele, seria preciso apenas 1,5% -um número que estaria ao alcance do governo. "Nossa meta até 98 é fechar com 1,5% do PIB", disse Lopes. No ano passado, houve superávit de 0,5%, e, para este ano, é esperado um percentual entre 0,5% e 1%. Para Lopes, o economista superestimou o gasto com juros. Tanzi disse que a diferença entre a taxa média que incide sobre a dívida pública e a de crescimento real do PIB é de dez pontos percentuais. Texto Anterior: Prazo é maior preocupação Próximo Texto: Divergência faz Alagoas sofrer risco de intervenção Índice |
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