São Paulo, quarta-feira, 4 de setembro de 1996
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Vendaval atinge o Rio e o interior de SP

DA AGÊNCIA FOLHA; DAS REGIONAIS; DA SUCURSAL DO RIO

Um vendaval acompanhado de chuvas provocou prejuízos ontem em todo o interior de São Paulo e no Rio de Janeiro.
Nove bairros das zonas sul, norte e oeste do Rio ficaram sem luz, devido principalmente à queda de galhos de árvores sobre fios.
Segundo a Defesa Civil, mais de cem árvores tombaram devido à ventania, principalmente na Gávea (zona sul).
Muitas casas tiveram telhas arrancadas pelo vento. No restaurante Garoto de Botafogo (zona sul), parte do teto desabou, ferindo levemente uma cliente.
O aeroporto Santos Dumont foi fechado. Na ponte Rio-Niterói, placas de sinalização foram arrancadas, atingindo carros e causando alguns pequenos acidentes.
Em Limeira (156 km de SP), o vento de mais de 80 km/h destruiu a cobertura de um posto de gasolina, provocou o desabamento de um centro comercial e deixou 16 pessoas feridas.
Em Americana (133 km de SP), árvores caíram sobre uma casa -destruindo parte do telhado- e sobre a rede de energia elétrica.
Pelo menos 100 mil pessoas em Limeira, outras 100 mil em Campinas e 25 mil em Valinhos ficaram sem energia elétrica por causa do vendaval, que teve início por volta das 15h.
A Polícia Rodoviária registrou pelo menos seis acidentes com vítimas -três mortos-, nas estradas da região de Campinas no momento do vendaval.
Em Regente Feijó (545 km de SP), o vendaval e a chuva arrancaram parte das telhas do prédio da Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais).
Na cidade de Estrela do Norte (630 km de SP), a chuva danificou o prédio da estação rodoviária.
Em Martinópolis (530 km de SP), o temporal derrubou um prédio de 500 m2, onde funcionava uma máquina de processar amendoim. Presidente Prudente (558 km de SP), teve destelhamentos e queda de árvores.
Em Ribeirão Preto (319 km de SP), pelo menos 50 mil pessoas ficaram sem energia. A cobertura do Auto-Posto New Face, na zona norte, desabou devido aos fortes ventos. Segundo o gerente do posto, Marcelo Smith, 33, o prejuízo é de cerca de R$ 300 mil.
A chuva desabrigou 170 assentados que estavam em Euclides da Cunha (770 km de SP).
Primavera
Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), as chuvas e o vento foram causados por um sistema que se formou anteontem sobre o Paraguai e entrou no Estado pelo oeste.
Esse tipo de sistema de baixa pressão é comum na primavera. A previsão do Inpe é que mais chuvas atinjam o Sudeste hoje.

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