São Paulo, quarta-feira, 4 de setembro de 1996 |
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Acusação diz que cheque 'não tem importância'
DA SUCURSAL DO RIO O auxiliar de acusação do caso Daniella Perez, advogado Arthur Lavigne, disse que "não tem importância nenhuma" o cheque nº 319095, que teria sido emitido pela atriz para pagar um conserto em seu carro no dia em que foi morta.A existência desse cheque, segundo reportagem do "Jornal do Brasil" de ontem, confrontaria a versão da acusação de que a atriz foi atacada por Guilherme de Pádua em um posto de gasolina pouco antes de ser assassinada. Segundo a versão da acusação, na noite do crime, em 28 de dezembro de 1992, Daniella Perez teria abastecido seu carro no posto Alvorada (Barra da Tijuca) e pago com o cheque nº 319094. Nesse posto, os frentistas Flávio Bastos e Danielson Gomes teriam visto Guilherme de Pádua e Paula Thomaz abordarem e agredirem Daniella. Ainda segundo a acusação, o cheque -que foi descontado pelo Auto Postinho- teria sido trocado depois. Para os advogados de defesa de Pádua e Paula, Paulo Ramalho e Carlos Eduardo Machado, a existência do cheque 319095 demonstra que a versão da briga no posto seria falsa. Lavigne, da acusação, afirmou que a reportagem não traz novidade, pois os cheques estão anexados ao processo desde o dia 10 de janeiro de 1995. O advogado de acusação disse que o cheque 319095 é datado de 27 de dezembro e que a atriz, por exemplo, poderia ter se enganado, pulando uma folha do talão. Lavigne disse que, para ter "um conhecimento exato" do que ocorreu, precisaria analisar o canhoto do talão de cheques, que desapareceu junto com a bolsa da atriz. Ramalho, advogado de Pádua, disse lamentar a divulgação da existência do cheque, pois queria surpreender os frentistas no tribunal, provando que eles teriam mentido. Texto Anterior: Pescador diz que quer ficar com garoto Próximo Texto: Vendaval atinge o Rio e o interior de SP Índice |
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