São Paulo, quarta-feira, 4 de setembro de 1996
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Vale pretende explorar petróleo

MÁRCIO DE MORAIS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A maior mineradora do mundo, a Companhia Vale do Rio Doce, prepara-se para entrar no ramo do petróleo, aproveitando a abertura do mercado, até agora monopolizado pela Petrobrás.
A idéia inicial da Vale é participar da prospecção (pesquisa) e produção de petróleo em parceria com a Petrobrás.
Segundo o ministro Raimundo Brito (Minas e Energia), a parceria está na dependência da aprovação do projeto de lei que regulamenta a quebra do monopólio do petróleo.
Segundo o ministro, a Vale já tem parceria com a Petrobrás para produção de gás no Espírito Santo.
O novo negócio tornará ainda mais atrativa a privatização da mineradora, que será tema da reunião do CND (Conselho Nacional de Desestatização) marcada para amanhã, no Palácio do Planalto.
"Talvez já conversemos nessa reunião sobre o valor da companhia, mas uma decisão mesmo sobre o preço final só mais à frente", disse Brito.
Setor elétrico
A reunião será marcada pela inclusão de mais 12 aproveitamentos hidrelétricos no programa de privatização. O aproveitamento se destina à construção de novas usinas geradoras de energia.
"Esses novos aproveitamentos significam geração de 2.280 megawatts de energia e investimentos da ordem de R$ 2,5 bilhões", disse o ministro.
Brito disse também que o presidente Fernando Henrique Cardoso estuda editar um decreto estabelecendo normas para a geração própria (autogeração) e independente, de forma a atrair mais capitais privados.
"Pretendo lançar as licitações ainda este ano", acrescentou Brito.
Balanço
Em conversa com o ministro Clóvis Carvalho (Casa Civil), na segunda-feira, Brito também informou que irá concluir nos próximos meses os processos de outras cinco hidrelétricas (Rosal, que parou por causa de questionamento de organizações não-governamentais, Emboque, Cubatão, Bocaina e São José/Carrapatos).
O ministro também encaminhou ao colega Antonio Kandir (Planejamento), coordenador do CND, um balanço favorável do ano passado.
Desse total, 35 estudos foram aprovados e serão licitados.

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