São Paulo, quarta-feira, 4 de setembro de 1996 |
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'Bosman brasileiro' vai assinar contrato para atuar no Paulista
JUCA KFOURI
O jogador conseguiu, na semana passada, uma liminar na Justiça do Trabalho suspendendo o efeito do vínculo que o prende à Ponte Preta, de Campinas (SP). A negociação com o clube de Jundiaí foi feita com o presidente da Lousano, patrocinadora do Paulista, o empresário Pascoal Graciotto. Embora tenha sido procurado por pelo menos um grande clube de São Paulo e outro do Rio de Janeiro, Claudinho preferiu o Paulista por dois motivos. Segundo a Folha apurou, desde que o meia defendeu o clube de Jundiaí, pela Taça São Paulo de juniores, o empresário Graciotto vem manifestando o desejo de contratá-lo, mas encontrava resistência por parte da Ponte Preta. Claudinho, por seu lado, está se recuperando de uma contusão e optou por voltar ao futebol de maneira mais discreta, além de confiar na estrutura empresarial do Paulista. Embora o passe de Claudinho continue preso à Ponte Preta até que a Justiça do Trabalho profira sentença definitiva -se a liminar for cassada, ele tem de retornar ao clube de Campinas-, a situação do atleta, que pode ser comparada ao "caso Bosman" na Europa, abre a possibilidade de que outros jogadores contestem a validade da Lei do Passe e ganhem liberdade para escolher locais de trabalho. O "caso Bosman" se refere ao atacante belga Jean-Marc Bosman, que, em 95, se livrou do clube RC Liège, detentor de seu passe. No despacho em que concedeu a liminar a Claudinho, a juíza Célia A. Cassiano Diaz declara que a Constituição do Brasil defende a liberdade para o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão. Texto Anterior: Adriano crê em chance Próximo Texto: Entenda o caso Índice |
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