São Paulo, quarta-feira, 4 de setembro de 1996
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'Assédio' frustra espectador

INÁCIO ARAUJO
DA REDAÇÃO

Há um princípio interessante em "Assédio Sexual" (HBO, 22h45): tomar esse conceito recente -mas interpretado de forma tão radical nos EUA que se tornou assustador.
Em seguida, se faz a inversão. Em vez de o homem assediar a mulher, esta é que vai assediá-lo (já que estamos num mundo de igualdade de sexos e direitos).
Mas, espera aí. Quem assedia é Demi Moore, bem ou mal uma "sex symbol" da atualidade. Por que Michael Douglas se empenha tanto em tirar o corpo fora e deixar a menina falando sozinha?
É algo que o filme não chega a explicar de maneira convincente. Ela é uma moça razoavelmente normal, de modo que não se caracteriza um caso de coerção indesejável, tipo "Atração Fatal".
E como nada entra no lugar, temos uma proposta inicial que, por um falta de um desenvolvimento adequado, vai se afrouxando à medida que o filme evolui. O espectador pode se sentir um tanto frustrado ao final de "Assédio Sexual", e não precisaria ser assim.
(IA)

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