São Paulo, quarta-feira, 4 de setembro de 1996
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Telefone inteligente vai à Internet

ESPECIAL PARA A FOLHA

MARINA MORAES
O casamento de diferentes tecnologias vem aumentando tanto que o consumidor já não consegue mais diferenciar um aparelho eletrônico de outro.
Há, por exemplo, computadores funcionando como telefones e vice-versa.
A gente fica sem saber se o caminho mais curto para a Internet é mesmo um PC ou se deveríamos apenas usar um telefone com tela, que custa a metade do preço.
Nos últimos meses, diversos fabricantes de telefone anunciaram planos de colocar no mercado sofisticados aparelhos com tela que permitirão ao consumidor fazer transações bancárias e receber documentos via Internet.
A unidade interativa da Philips, Philips Home Services, lançou recentemente um telefone com capacidade de enviar e receber correspondência pela Internet usando software da Oracle, a empresa que deu o empurrão final no conceito de rede de computador.
Esses telefones com acesso a Internet são muito parecidos com os normais de tela que são vendidos atualmente.
Mas, com inteligência adicional, telas maiores e até teclados, esses chamados telefones inteligentes estão ganhando atributos de verdadeiros computadores domésticos.
Novos atrativos
Os três maiores competidores desse novo mercado, a Northern Telecom, a Philips e a joint venture entre U.S. Order e Colonial Data Technologies, assim como empresas menores, estão se associando a companhias telefônicas regionais. A idéia é usar as parcerias para distribuir telefones e serviços adicionais para eles.
Com o aquecimento do mercado, cada empresa parece tentar uma entrada diferente junto ao público acrescentando atrativos -máquinas que respondem a simples toques na tela ou reconhecimento da voz.
Os fabricantes desses telefones inteligentes são, entretanto, cuidadosos. Gostam de anunciar que seus aparelhos não pretendem substituir os computadores nem competir diretamente com os serviços da rede. Pelo menos por enquanto.
Os telefones inteligentes são úteis em operações simples, como movimentações bancárias e reservas de passagens ou troca de correspondência eletrônica.
O seu mérito maior ainda reside na facilidade de operá-los. Conectá-los ao banco, por exemplo, pode significar apertar apenas um botão. Computadores que exigem um processo mais demorado até fazer o contato.
No futuro, prevêem os analistas, ao invés de manter um aparelho ou o outro, teremos redes de computador ligadas à televisão na sala, com cardápios ricos e variados para atender as necessidades de todas a família, e um telefone inteligente na cozinha, de onde os serviços mais simples sairão.

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