São Paulo, quarta-feira, 4 de setembro de 1996
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Dole suspende críticas à ação

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

Após uma conversa telefônica de dez minutos com o presidente Bill Clinton, seu adversário na eleição de novembro, Bob Dole resolveu recuar nas críticas que vinha fazendo à política do governo quanto ao Iraque.
Dole, que na véspera havia acusado Clinton de fraqueza diante de Saddam Hussein, ontem evitou ataques ao presidente e disse estar, "como sempre", ao lado dos militares de seu país.
"Mais uma vez, eles desempenharam seu dever com profissionalismo e nos defenderam dos perigos do mundo", afirmou o candidato da oposição (republicano) diante de veteranos de guerra em Salt Lake City, oeste do país.
Nas entrelinhas de seu discurso, ainda foi possível perceber sua condenação ao comportamento de Clinton antes do ataque: "Tenho confiança de que este é o começo de uma série de ações decididas para limitar o poder e a arrogância de Saddam Hussein".
Dole chamou Saddam de "tirano" e "açougueiro" e disse que "se há uma lição a se tirar deste século é a de que quando a agressão é tolerada, ela se multiplica".
A parte mais aplaudida do seu discurso foi quando prometeu que, se vencer a eleição, nunca mais tropas norte-americanas atuarão sob o comando da ONU.
Dole disse que os EUA devem forçar a retirada de todas as tropas do Iraque do norte do país, obter a liberação de todos os prisioneiros curdos e restabelecer a inspeção da indústria bélica iraquiana.
(CELS)

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