São Paulo, quinta-feira, 5 de setembro de 1996
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Onde está Motta

NELSON DE SÁ
DA REPORTAGEM LOCAL

O ministro das Comunicações, herdeiro de ACM, primeiro apareceu na Globo.
Foi no Jornal Nacional, na cobertura da visita de FHC aos estúdios. Sérgio Motta apareceu nos ombros do presidente, enquanto passeavam com Roberto Marinho.
No bloco seguinte, apareceu atrás de FHC, quando o senador paulista da novela, parecido com José Serra, declarava apoio à reeleição.
Antes, o ministro das Comunicações não apareceu na Record, mas esteve com o bispo. Quem apareceu por ele foi Mário Covas, primeiro para anunciar o metrô de Serra e ontem para anunciar a instalação de indústrias, outro item do programa de Serra.
(Covas, aliás, que parece comparecer mais ao Entrevista Coletiva, da Bandeirantes, do que José Aníbal e o próprio Serra. Todos tucanos.)
Depois o ministro das Comunicações apareceu no SBT, no Onze e Meia. Não deixou Jô Soares falar e atacou o prefeito com tal fúria que até o entrevistador reclamou que parecia horário eleitoral.
Reclamou baixinho, como baixinho fez a pergunta, antes, sobre quem FHC apóia para prefeito, originando a declaração de voto tão usada nos comerciais de Serra.
(O entrevistador buscou lavar a imagem ontem, entrevistando Delfim Netto, dos malufistas.)
No meio do caminho, o ministro das Comunicações apareceu no horário eleitoral, entre Serra e Gugu, também do SBT, agora apresentador da campanha.
E não vai parar aí.
O ministro das Comunicações deve aparecer ainda hoje no Gazeta Meio-Dia, da CNT.
O ministro das Comunicações deve aparecer ainda esta semana, por fim, na Cultura.
Pelas contas, Globo, Record, Bandeirantes, SBT, CNT e Cultura. Só falta a Manchete, território malufista.

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