São Paulo, quinta-feira, 5 de setembro de 1996
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'Esquecida', Arbil não tem água

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Moradores da cidade curda de Arbil (norte do Iraque) lutavam ontem para retomar sua rotina com novos líderes no poder, mas houve informações sobre novos bombardeios do Iraque mais ao sul.
As portas das lojas permaneciam fechadas, e as pessoas se juntavam aos carrinhos que levavam barris com os últimos suprimentos de água quatro dias depois que as forças de Bagdá e os guerrilheiros do Partido Democrático do Curdistão capturaram a cidade de uma facção curda rival.
Fadil Mirani, líder do partido em Arbil, disse que entre 150 e 180 pessoas morreram nos combates, mas afirmou que os civis tinham sofrido poucos danos.
"Está se tornando cada vez mais desagradável tentar aguentar. A eletricidade e a água são vida", disse um motorista de táxi no local. Arbil não tem nenhum dos dois.
O Partido Democrático do Curdistão acusou a União Patriótica do Curdistão de cortar o suprimento de água de uma represa próxima a Arbil.
Os novos dirigentes -guerrilheiros do Partido Democrático- patrulham as ruas em caminhões abertos com metralhadoras.
Os moradores estavam preocupados com a volta das tropas iraquianas, que deixaram a cidade. Disseram que os iraquianos tinha pegado membros da oposição.
Um motorista de táxi disse que a polícia secreta do Iraque ainda estava na cidade. "Eu os vi sequestrando pessoas."

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