São Paulo, sexta-feira, 6 de setembro de 1996
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Mulher passa a ter maior participação

JOSÉ ROBERTO DE TOLEDO
DA REPORTAGEM LOCAL

A participação feminina na força de trabalho aumentou de 1993 até o ano passado. O número de mulheres ocupadas cresceu duas vezes mais rápido do que o de homens: foi de 26 milhões para 27,8 milhões, uma elevação de 6,9%.
No mesmo período, a população masculina ocupada cresceu apenas 3,1% e cedeu espaço no mercado de trabalho às trabalhadoras.
Em setembro de 95 -mês de referência da Pnad-, as mulheres representavam 40% da população ocupada do país. Dois anos antes, elas detinham 39% do mercado.
Pode parecer pouco, mas, em números absolutos, isso representou um avanço de 696 mil vagas para a força de trabalho feminina.
O aumento da participação das mulheres não representou mais desemprego para os homens. Os ocupados passaram de 94,6% para 94,7% da População Economicamente Ativa masculina (ocupados e pessoas procurando emprego).
Apesar da maior escolaridade feminina, o desemprego segue sendo pior para as mulheres, 7,3%, do que para os homens, 5,3%.
A taxa de desemprego geral caiu 0,1% entre 93 e 95: foi de 6,2% da PEA para 6,1%. Em números absolutos, representou um crescimento real de apenas 74 mil novas vagas no mercado de trabalho.
Os postos de trabalho aumentaram em cerca de 3 milhões no período. Mas a população ocupada ou procurando emprego cresceu praticamente em igual proporção.
O desemprego medido pela Pnad é a única taxa de fato nacional. As pesquisas mensais de emprego e desemprego conduzidas pelo próprio IBGE e por outras fundações, como o Seade (SP), medem só o que acontece nas grandes cidades.
A Pnad também confirmou uma tendência de diminuição da força do movimento sindical. Em 93, 17% dos trabalhadores ocupados eram sindicalizados. Em 95, esse percentual caiu para 16,2%.
(JRT)

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