São Paulo, sexta-feira, 6 de setembro de 1996 |
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Erundina muda e quer extinguir o PAS Petista critica plano malufista EMANUEL NERI
"Enquanto serviço de saúde não vamos manter o PAS. Vamos ter um sistema próprio para avançar no SUS (Sistema Único de Saúde)", disse. Para a petista, o PAS é "incompatível" com o programa de saúde que pretende criar. O SIM (Serviço Integral de Saúde) do programa de governo de Erundina prevê a volta do sistema público de atendimento -o PAS é privado. Tem planos específicos em áreas como saúde da mulher. Bandeira do governo Maluf, o PAS sempre foi um ponto delicado na campanha do PT. No início, Erundina elogiava o atendimento de emergência do programa. Suas críticas eram concentradas no atendimento que o PAS, segundo ela, deixa de fazer a doenças crônicas e infecto-contagiosas. Depois, Erundina passou a dizer que manteria o que fosse positivo e alteraria o que não funciona. A posição ambígua causou problemas a ela. O PAS afastou do serviço público 28 mil funcionários contrários à implantação do programa. Eles têm criticado a ambiguidade nas declarações da petista. Muitos desses funcionários, em sua maioria petistas, estão hoje "encostados" em órgãos distintos de sua especialidade -para o PT, há até neurocirurgiões em usinas de asfalto. Erundina mudou após ouvir novas críticas de servidores. "A campanha tem de ser mais dura e incisiva em relação ao PAS", disse Henrique Ollitta, vice-presidente do PT de Vila Maria, bairro visitado ontem por Erundina. A petista estava acompanhada de Luiz Inácio Lula da Silva. "A posição ambígua desanima a militância", afirmou. Para Zélia Prestes, do Sindicato dos Enfermeiros, o PAS é "incompatível com o PT". "Precisamos ser mais agressivos com o PAS." Texto Anterior: Pacote com caroço Próximo Texto: Rossi diz que é ele quem decide sobre TV Índice |
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