São Paulo, sexta-feira, 6 de setembro de 1996
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Classe média terá recursos

CEF usará Proer para ampliar empréstimo

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O diretor comercial da CEF (Caixa Econômica Federal), Waldery Albuquerque, disse ontem que a instituição vai criar uma linha de financiamento habitacional para a classe média com parte dos recursos obtidos do Proer (programa de incentivo às fusões bancárias).
Segundo Albuquerque, os novos financiamentos vão atender a quem tem renda familiar entre 12 salários mínimos (R$ 1.344) e 30 ou 35 salários mínimos (R$ 3.360 ou R$ 3.920).
A CEF espera colocar os financiamentos no mercado dentro de um mês. Os juros ainda não estão definidos, mas devem ser de 8% ao ano mais TR (Taxa Referencial).
Esse é considerado o patamar mínimo para os juros porque é quanto a CEF paga para obter dinheiro no mercado. Os juros devem embutir os gastos da instituição para manter a linha de crédito.
Segundo Albuquerque, a CEF já tem R$ 1,3 bilhão para fazer esses empréstimos. O dinheiro sairá de parte dos empréstimos do Proer recebidos pela CEF para a compra das carteiras imobiliárias dos bancos Econômico e Banorte.
"São recursos captados a longo prazo; por isso também vamos usar para financiamentos de longo prazo", disse Albuquerque.
O prazo de financiamento deverá ser fixado em torno de 15 anos e a prestação inicial deverá comprometer 20% da renda familiar, para evitar que haja pressão rápida sobre o orçamento do mutuário e isso resulte em inadimplência.
As prestações terão correção mensal pela TR e os salários estão sendo negociados de ano em ano, na data-base.
Para colocar o programa nas agências, a CEF espera a medida provisória do governo que tentará dar solução aos créditos junto ao FCVS (Fundo de Compensação de Variações Salariais), que serão pagos em títulos de longo prazo.

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