São Paulo, sexta-feira, 6 de setembro de 1996
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"Panelaço" é nova presão de químicos

DA AGÊNCIA FOLHA, NO ABCD; DA SUCURSAL DO RIO

Mulheres de operários protestam na Unipar
As mulheres dos trabalhadores em greve da Unipar, indústria química do Pólo Petroquímico de Capuava, em Mauá (Grande São Paulo), fizeram ontem um "panelaço" em frente à indústria.
Para o Sindicato dos Químicos do ABC, havia no protesto 80 mulheres. A Polícia Militar não esteve presente ao ato. Não houve incidentes.
Com tampas de panela e vestidas de preto, as mulheres fizeram o protesto das 8h às 11h10. Algumas levaram seus filhos.
O diretor sindical da Unipar, Francisco de Souza Ribeiro, o Chicão, 33, disse que o "panelaço" protestou contra a falta de negociação com a empresa.
A greve dos trabalhadores de turnos da Unipar começou no último dia 19 de agosto.
O julgamento da greve no Tribunal Regional do Trabalho ainda não foi marcado.
Os químicos reivindicam a recuperação da quinta turma (turno extra, além dos quatro turnos normais) para que a jornada semanal seja de 33 horas e 36 minutos. A jornada atual é de 35 horas semanais.
A assessoria da empresa informou que a produção de cumeno (matéria-prima para a produção de náilon e aspirina) está normalizada. A Unipar produz 800 toneladas do produto por dia.
Petroleiros
No Rio, foi marcada para terça-feira a próxima reunião de negociação entre a Petrobrás e os petroleiros, que têm data-base neste mês.
A proposta inicial da empresa prevê reajuste salarial de 8,8% em setembro (data-base). Em agosto, a Petrobrás concedeu um abono, válido apenas para aquele mês, de 50% do salário.
Os petroleiros pedem 46,64% de reajuste e estabilidade.

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