São Paulo, sexta-feira, 6 de setembro de 1996
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"O filme não existe mais", afirma cineasta

AMIR LABAKI
DO ENVIADO ESPECIAL

Paletó preto, charuto na boca e raro bom humor, Jean-Luc Godard esbanjava paciência na entrevista coletiva de ontem.
Foi até autocrítico, lembrando que a "política dos autores" desenvolvida pelos "Cahiers du Cinema" desembocou hoje no simplismo de se falar de "filme de Beltrano" e não no título. "O filme não existe mais", metralhou.
O existencialista Albert Camus é fartamente homenageado em "For Ever Mozart", a começar pelo empréstimo do sobrenome a uma das protagonistas.
A obsessão bibliófila reafirmada plano a plano não deixou em paz nem sequer a entrevista de ontem. Godard fez questão de fazer duas indicações, de carona numa pergunta que citava o diretor francês Robert Bresson.
"As 'Notas Sobre o Cinematógrafo' de Bresson e os diários de Jean Cocteau das filmagens de 'A Bela e A Fera' são dois dos textos fundamentais para entender o que é fazer cinema", afirmou.
Godard deu sua versão sobre seu método de trabalho com atores. Lembrou a citação de Stanislavsky ("autor é pai, ator é mãe")
(AL)

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