São Paulo, domingo, 8 de setembro de 1996
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DEPOIMENTO

"Fiz tudo na vida para ter autonomia com relação aos homens e poder escolher quem eu quero -tenho meu carro, moro em apartamento próprio, fumo charuto e pago sempre as minhas contas em dia.
Então, se estou a fim de um homem, eu o seduzo, levo para a cama e não acho que tenha de dar satisfação a ninguém.
Quando é alguma paquerinha rápida, eu convido e gosto de pagar a conta, para ficar à vontade caso queira ir embora para casa.
Muitos homens se sentem acuados, porque são machistas -mas o panorama está melhorando bastante.
As mulheres casadas também não gostam de ter solteiras como eu por perto -até porque eu prefiro conversar sobre negócios do que trocar receita de bolo.
Mas eu não sou leviana -não tenho o menor interesse em homens comprometidos. Tampouco pretendo ser inatingível ou glacial -estou sempre a fim de me apaixonar e viver grandes romances (até o fim).
Só não quero me casar para sempre. Já quis, mas passou. Não sou meiga nem boa dona-de-casa e, por isso, às vezes me sinto só. Mas prefiro a liberdade."

Roseli Brancaleone, 33, é empresária.

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