São Paulo, domingo, 8 de setembro de 1996
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Ficam cheias de nove-horas

DA REPORTAGEM LOCAL

Alguns homens não resistem a mulheres "cheias de nove-horas ou de não-me-toques": eles têm vontade de bater nelas. Chamam-nas de "bicho besta", "peruaça", "coisa ruim" etc.
"Viajei um tempo atrás com um pessoal para a praia e tinha uma dessa no meio", lembra o estudante Marcelo Leonardo, 20.
"A mulher não podia tomar vento, nem sol ou se sujar de areia", lembra. "À noite, chorava por causa dos mosquitos."
Marcelo diz que quase perdeu a cabeça. "Tinha vontade de embolachar aquela 'coisa ruim."'
Para o artista plástico Gustavo Rosa, 49, "é por causa desse tipo de mulher que existe desquite".
"No começo dá até para relevar os não-me-toques. Mas casar com uma peruaça dessa é cilada", diz.
Rosa acredita que muitas vezes a mulher pretende ser marcante e exagera. "Coitada, pior é que ela só quer mostrar que tem uma personalidade forte", diz.
O biomédico Paulo Greca, 32, que também é ator e trabalha no espetáculo "Delicadas e Perversas", mora com um "exemplo de mulher difícil".
"Ela reclama até da forma que eu como sucrilho", conta. "Diz que eu sou muito barulhento."
Greca afirma que, pior do que uma mulher cheia de frescuras na mesa, como a dele, só a cheia de frescuras na cama. É o tipo que ele classifica de "enjoada".
"Ela reclama de tudo, mas na verdade adora uma sacanagem."

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