São Paulo, domingo, 8 de setembro de 1996
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Mineral está ligado a câncer letal

ESPECIAL PARA A FOLHA

Uma forma particularmente grave de câncer, e rara, é o mesotelioma, um câncer extremamente letal das membranas do tórax. "Ele não tem cura, é gravíssimo", diz o pesquisador Diogo Pupo Nogueira.
Não há cura para o mesotelioma. Apenas 20% dos pacientes podem sofrer uma cirurgia, e a quimioterapia ainda não encontrou uma droga satisfatória.
Um estudo na França relacionou a existência de grandes estaleiros na região de Nantes-Saint Nazaire com a relativamente grande frequência de mesotelioma -foram 167 casos de 1955 a 1985.
Em 131 casos (88%) o doente esteve exposto a amianto. Depois de um ano do aparecimento dos sintomas, 46% dos pacientes já tinham morrido. Em quatro anos todos estavam mortos.
Também se notou maiores incidências do mesotelioma em mulheres e filhos de trabalhadores expostos ao amianto. Acredita-se que eles tiveram contato com o pó de amianto pelas roupas e cabelos dos trabalhadores.
Um estudo divulgado recentemente por uma equipe da Seção de Estudos Ocupacionais do Instituto Nacional do Câncer dos EUA mostrou que os familiares dos trabalhadores também correm riscos. Os homens expostos ao amianto muitas vezes mostravam mais casos de câncer na família.

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