São Paulo, domingo, 8 de setembro de 1996 |
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Tarifas ameaçam imagem, diz consultor
MILTON GAMEZ
Os números do Datafolha -8% dos correntistas estão muito satisfeitos e 52% estão satisfeitos com o atendimento bancário- não surpreenderam o especialista. "Os bancos de varejo brasileiros são mais avançados tecnologicamente e prestam um serviço mais rápido e mais barato que a média dos concorrentes internacionais", afirmou Mello. Para o consultor, a tendência é que a imagem dos bancos piore nos próximos anos, à medida que eles comecem a cobrar mais pelos serviços prestados. A insatisfação -restrita hoje a 40% dos correntistas- deve aumentar, previu Mello. Fúria nos EUA A cobrança de tarifas ainda é incipiente no Brasil. Nos Estados Unidos, os clientes estão furiosos com as tarifas bancárias", disse. A insatisfação dos norte-americanos com as tarifas pode ser medido pelo volume de poupança financeira pessoal depositada nos bancos: de 25% registrados em 1975, restam hoje apenas 13,7%. O número de serviços cobrados pelos bancos norte-americanos subiu de 96 em 1990 para 290 no ano passado, segundo reportagem publicada em agosto pela revista "Business Week". Na pesquisa do Datafolha, poucos clientes reclamaram das tarifas quando apontaram as razões para eleger o pior banco do país. No entanto, quando perguntados sobre os preços das tarifas, 48% disseram-se insatisfeitos e 22% afirmaram estar pouco satisfeitos. A aprovação foi de apenas 24%. Texto Anterior: Megaagência enfrenta as filas Próximo Texto: Saiba como foi feita a pesquisa Índice |
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