São Paulo, domingo, 8 de setembro de 1996
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Honda desfila como melhor fornecedora

MAURO TAGLIAFERRI
DA REPORTAGEM LOCAL

Nem Vasser, nem Andretti, nem Unser. De nada se falou mais durante esta temporada da Indy do que sobre a performance dos motores da Honda.
O sucesso do V-8 japonês tem nos números sua irrefutabilidade, mas na história encontra sua verdadeira dimensão.
Quando ingressou na Indy, em 1994, sob o comando da Honda Performance Development, uma subsidiária da Honda norte-americana, o propulsor parecia fadado à desgraça.
Bobby Rahal aceitou carregá-lo em seu carro e a melhor posição que obteve foi um segundo lugar, em Toronto. O desencanto gerou o rompimento. Em 95, Rahal correu de Mercedes.
Coube à Honda, então, equipar a estreante Tasman, com o também novato André Ribeiro, além de sua equipe de testes, a Comptech, de Parker Johnstone.
Com o norte-americano veio a primeira pole position; com o brasileiro, a primeira vitória.
Se todas as equipes passaram a respeitar o motor Honda em 95, neste ano, elas o temeram. Os números entram aí.
Até a última sexta-feira, eram 11 pole positions em 15 etapas. No total, 10 vitórias na temporada, com a conquista de 251 pontos.
A marca já garantiu à fábrica o título de melhor fornecedora de motores do ano. Ford (220 pontos, 5 vitórias), Mercedes (202 pontos, nenhuma vitória) e Toyota (9 pontos) não podem mais alcançá-la.
Mais números? Só seis carros portam o Honda: os de Jimmy Vasser, Alessandro Zanardi, André Ribeiro, Adrian Fernandez, Gil de Ferran e Parker Johnstone.
O sucesso tem preço. A fornecedora cobra US$ 2,5 milhões de cada equipe pelo leasing de seus motores, cerca de US$ 500 mil a mais que a Mercedes, por exemplo.
Outras disputas
Os EUA já faturaram a Copa das Nações, 266 a 196 sobre o Brasil, segundo colocado. Canadá (103), Itália (100) e México (69) aparecem na sequência.
A Reynard lidera o campeonato de construtores de chassis com 256 pontos. A Lola (246), Penske (134) e Eagle (9) vêm em seguida.
(MT)

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