São Paulo, segunda-feira, 9 de setembro de 1996
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Busby Berkeley troca balés delirantes pela sensatez

INÁCIO ARAÚJO
DA REDAÇÃO

Devia ter dado certo: Busby Berkeley foi o sujeito que fez do musical um ramo delirante do cinema e descobriu a possibilidade de, partindo dos singelos roteiros dos anos 30, extrair balés de câmeras que até hoje assombra quem assiste e influencia quem faz filmes.
Arthur Freed foi o mago que, nos anos 40/50, levou o musical à plena maturidade. Pois bem: Freed produz "A Bela Ditadora" (CNT/Gazeta, 22h); Busby dirige. E o resultado fica algumas léguas aquém do que faziam, na mesma época, Vincente Minnelli, Gene Kelly, George Sidney.
É como se a opulência da Metro e suas ambições artísticas oprimissem Berkeley. Em vez do bailado demente, há um tímido enquadramento na história dos rapazes que acumulam as funções de jogadores de beisebol e artistas, além de amarem e enfrentarem a dona de um time.
É simpático, é ok. Mas não é isso que se espera de um filme de Busby Berkeley.
(IA)

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