São Paulo, segunda-feira, 9 de setembro de 1996 |
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Governo opta pela contração econômica
GILSON SCHWARTZ
Mas houve duas fases. Num primeiro momento, o sistema econômico simplesmente reagiu à redução de financiamento externo. Como a economia local tem moeda atrelada às reservas em dólar, sempre que seca a moeda americana, automaticamente secam os pesos. O segundo momento é diferente. Não há uma crise externa, mas, sim, a decisão do governo de arrochar a economia, impondo aumento de impostos, de preços de combustíveis, corte de subsídios e mudanças nas leis trabalhistas. Motivo: previa-se um déficit público (excesso de despesas do governo sobre a arrecadação) de US$ 2,5 bilhões, mas o rombo deve superar US$ 6,5 bilhões. O pacote de aumento de arrecadação e redução de despesas tenta reduzir o déficit. Se conseguir fazê-lo, apostam as autoridades, ganharão credibilidade para continuar tomando dólares emprestados no exterior. Com esse dinheiro emprestado é que se sustenta a taxa de câmbio congelada há cinco anos. Texto Anterior: Peronismo marca 5 décadas de história Próximo Texto: Medida deixa o mercado nervoso Índice |
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