São Paulo, segunda-feira, 9 de setembro de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Governo opta pela contração econômica

GILSON SCHWARTZ
DA EQUIPE DE ARTICULISTAS

Desde a crise mexicana de dezembro de 1994, a Argentina vem sofrendo um processo de retração econômica violento.
Mas houve duas fases. Num primeiro momento, o sistema econômico simplesmente reagiu à redução de financiamento externo. Como a economia local tem moeda atrelada às reservas em dólar, sempre que seca a moeda americana, automaticamente secam os pesos.
O segundo momento é diferente. Não há uma crise externa, mas, sim, a decisão do governo de arrochar a economia, impondo aumento de impostos, de preços de combustíveis, corte de subsídios e mudanças nas leis trabalhistas.
Motivo: previa-se um déficit público (excesso de despesas do governo sobre a arrecadação) de US$ 2,5 bilhões, mas o rombo deve superar US$ 6,5 bilhões. O pacote de aumento de arrecadação e redução de despesas tenta reduzir o déficit.
Se conseguir fazê-lo, apostam as autoridades, ganharão credibilidade para continuar tomando dólares emprestados no exterior. Com esse dinheiro emprestado é que se sustenta a taxa de câmbio congelada há cinco anos.

Texto Anterior: Peronismo marca 5 décadas de história
Próximo Texto: Medida deixa o mercado nervoso
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.