São Paulo, terça-feira, 10 de setembro de 1996
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Obras recomeçaram há onze dias

ROGÉRIO GENTILE
DA REPORTAGEM LOCAL

As obras da extensão leste do metrô foram retomadas, na prática, 11 dias antes da cerimônia oficial de relançamento do projeto.
Paralisadas desde 1988, as obras recomeçaram no dia 29 de agosto, depois que foi assinado um contrato com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) no valor de R$ 214,9 milhões.
Antes disso, na primeira fase da obra (1988-1990) e no período em que o projeto ficou parado, o governo do Estado gastou R$ 210 milhões.
O projeto prevê a construção de três estações (Pêssego, José Bonifácio e Guaianazes) e 6 quilômetros de linha até março de 1998. Quando estiver pronto, porém, o trecho será administrado pela CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).
Isso porque a obra não é exatamente uma continuação do metrô, mas uma interligação dele com o trem de subúrbio. O usuário que vier pelo metrô terá que fazer baldeação na estação Itaquera para pegar o trem que seguirá até a estação Guaianazes. Poderá, inclusive, ter que comprar um novo bilhete se não possuir a passagem tipo "integração".
As linhas da CPTM Leste Tronco e do metrô Leste-Oeste correm paralelamente na zona leste. Com o novo projeto, na estação Itaquera haverá a interligação, seguindo como uma única linha até Guaianazes. O governo do Estado diz que a linha leste já está saturada e por isso não seria possível fazer a extensão pelo metrô. A linha do trem, contudo, estaria subutilizada.
"A qualidade do metrô será mantida", afirmou o secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, Cláudio de Senna Frederico.
Para isso, segundo ele, 46 trens serão reformados (11 já estariam em circulação) e 30 trens espanhóis serão comprados pelo governo do Estado, com financiamento de R$ 280 milhões do Banco de Fomento do Comércio Exterior da Espanha. As estações de trem, de acordo com o secretário, também serão reformadas.
"O objetivo é dar duas opções ao usuário", disse o secretário. "A linha de trem será expressa, parando bem menos do que o metrô. Vamos eliminar cinco das sete estações que existem entre o centro da cidade e Itaquera."
"Já a linha do metrô deverá ser usada pelos passageiros que precisam parar no meio do percurso", afirma o secretário.

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