São Paulo, terça-feira, 10 de setembro de 1996
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O apoio da máquina pública a Serra

Na área econômica
. Em junho, o governo tomou uma série de medidas para estimular o crescimento da economia e beneficiar os candidatos do Planalto
. Reduziu as taxas de juros e o IOF. Liberou o prazo para compras a crédito e criou novas linhas de crédito para empresas
. Liberou R$ 1,36 bilhão para Estados e municípios em programadas de habitação popular e saneamento
. Promoveu um corte nas tarifas portuárias e permitiu a volta do leasing de veículos
. Ampliou o prazo de concessão do seguro-desemprego -um projeto do próprio Serra- de quatro para seis meses

Na área de comunicações
. Em junho, o presidente Fernando Henrique Cardoso autorizou a transferência oficial de duas emissoras de TV para membros da Igreja Universal
. No início de agosto, o ministro Sérgio Motta fechou um acordo com a Igreja Universal, pelo qual a TV Record passaria a apoiar José Serra
. Em agosto, o presidente concedeu entrevista ao programa "Jô Soares Onze e Meia" afirmando que ia "votar no Serra, porque ele é o melhor"
. Sérgio Motta já concedeu entrevistas a quase todas as emissoras de TV em São Paulo criticando Maluf e Pitta
. O PSDB conseguiu o apoio do apresentador Gugu Liberato e do cantor Tiririca para sua campanha

Na área de obras públicas
. Em julho, Covas anunciou a retomada das obras do anel viário metropolitano, em cerimônia que contou com a presença de Serra
. O governador Mário Covas vem entregando, em diversas cerimônias, 20 mil casas populares, mais do que o projeto Cingapura de Maluf
. Covas obteve financiamento do BNDES de R$ 767,6 milhões para concluir 11,5 km de linhas do metrô, promovendo a imagem de Serra

Na área política
. O governo federal conseguiu impedir o lançamento de um candidato do PMDB à prefeitura ligado ao ex-governador Orestes Quércia
. Fechou uma aliança com o PSL, do senador Romeu Tuma, e outros micropartidos, para dar mais tempo na TV para o candidato tucano
. Covas rompeu a aliança com o PFL paulista, que ocupava diversos cargos na administração estadual, depois que o partido se aliou ao PPB do prefeito Paulo Maluf

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