São Paulo, terça-feira, 10 de setembro de 1996![]() |
![]() |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Força Sindical dá apoio explícito a Erundina em porta de fábricas
EMANUEL NERI
A primeira participação explícita da Força na campanha petista ocorreu na madrugada de ontem, em duas fábricas da região oeste de São Paulo. Erundina visitou as fábricas a convite de diretores do Sindicato dos Metalúrgicos. "Trabalhador não come cimento", dizia Eduardo Freitas de Almeida, secretário-geral do sindicato, ao convocar os operários para ouvirem Erundina. O cimento era uma referência às obras de Maluf. "Erundina tem vida limpa, tem vida de luta em defesa do trabalhador", afirmava Almeida, em cima de uma kombi -placa CDF-9456 -, com bandeiras do sindicato e da Força Sindical. O uso do patrimônio sindical em apoio a candidatos é proibido pela lei eleitoral. Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, diz que a orientação é a de não usar carros da entidade em campanha eleitoral. "Mas o candidato chega e o carro de som está lá. Aí ele sobe e fala." Filiado ao PTB, que indicou Campos Machado para prefeito, Paulinho diz que a maior parte dos diretores da Força e de seu sindicato se dividiu entre Erundina e José Serra. Ele apóia Machado, mas no segundo turno apoiará qualquer candidato antimalufista. É a primeira vez na história da Força que diretores da entidade apóiam explicitamente um candidato do PT. "Mudamos nós e mudaram eles (a CUT)", diz Paulinho, que também é diretor da Força. "Hoje nos respeitamos mais. O muro também caiu entre nós." Texto Anterior: Pastores da Igreja Universal em SP pedem voto para Serra em cultos Próximo Texto: Droga ainda é tabu Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |