São Paulo, quarta-feira, 11 de setembro de 1996 |
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Argentinos votam hoje pacote fiscal
DANIEL BRAMATTI
As chances de aprovação são grandes, graças às mudanças no texto original que destinaram mais recursos às Províncias. A intenção é retirar do pacote a imposição de IVA (Imposto sobre Valor Agregado) sobre a TV paga e a publicidade, com o argumento de que o efeito na arrecadação seria mínimo. Os deputados já haviam decidido manter isentos de IVA os ingressos para espetáculos públicos, mensalidades escolares e tarifas de táxi. O pacote foi lançado com o objetivo de reduzir o déficit público de 1996, estimado em US$ 6,6 bilhões, para US$ 5 bilhões -a nova meta fixada pelo FMI (Fundo Monetário Internacional). O diretor-gerente do FMI, Michel Camdessus, fez anteontem viagem-relâmpago a Buenos Aires para dar apoio a Fernández. Certo de que a aprovação na Câmara está garantida, o presidente Carlos Menem já começou a negociar com os senadores. Ontem pela manhã, ele recebeu todos os integrantes do Partido Justicialista na residência oficial de Olivos. Protesto Temendo uma alta adesão ao "apagón" (blecaute) de protesto convocado pela oposição, marcado para amanhã, o governo lançou um alerta sobre a possibilidade de um "colapso" no sistema elétrico. Segundo técnicos da Secretaria de Energia, a queda repentina da demanda de energia e sua imediata recuperação pode provocar danos nas redes de transmissão. A advertência não foi levada a sério pelos líderes da oposição. "Mais uma vez o governo tenta assustar a população para tirar proveito político", disse o deputado Carlos "Chacho" Álvarez, da Frepaso (Frente País Solidário). O "apagón" começará às 20h e durará cerca de cinco minutos. Os organizadores pediram à população que, durante o protesto, batam panelas e toquem buzinas. Texto Anterior: Integração sim, exclusão não Próximo Texto: O novo papel do BNDES Índice |
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