São Paulo, quarta-feira, 11 de setembro de 1996 |
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Sindicato apóia 'semiliberdade'
MARCELO DAMATO
"Quando ela vigorar, vai passar a haver um estado de semiliberdade. O jogador vai poder tomar conta do próprio nariz", acrescentou Martorelli, que, nos anos 80, foi goleiro do Palmeiras. Para o dirigente sindical, um dos maiores problemas dos jogadores é a possibilidade de sofrer retaliações dos dirigentes. "Os jogadores não podem levantar a cabeça. Se fazem isso, o clube não renova o contrato e põe o valor do passe no alto." Pelas regras atuais, o jogador pode ficar sem receber salário e preso ao clube que detém seu passe. A situação criada pela regulamentação, prevê Martorelli, vai tornar os jogadores mais atuantes. "Tem muito campo de futebol que é inviável para o futebol. Os jogadores só não reclamam mais porque têm medo." Martorelli afirmou que o sindicato, apesar de apoiar a resolução, vai continuar a defender o fim do passe no futebol. Essa proposta não faz parte, por ser assunto de regulamentação federal, da pauta de 23 itens que o sindicato pretende negociar com os representantes dos clubes a partir do dia 20 de setembro. Se a negociação falhar, pode ser instaurado o primeiro dissídio coletivo do futebol do país. (MD) Texto Anterior: O que muda na legislação do passe Próximo Texto: Deputado cria projeto de lei para anular mudança Índice |
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