São Paulo, quarta-feira, 11 de setembro de 1996
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I Solisti Veneti toca hoje Verdi, Rossini e Puccini

IRINEU FRANCO PERPETUO
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Os compositores de ópera italiana só não fizeram uma grande música instrumental por questões políticas. Essa é a tese do maestro Claudio Scimone, 62.
À frente da orquestra de câmara I Solisti Veneti, ele mostra hoje, em São Paulo, um pouco da música instrumental de Rossini, Verdi e Puccini.
"No século 19, a música sinfônica era considerada o domínio dos alemães, enquanto o melodrama, a expressão musical italiana", diz.
Scimone fundou a I Solisti Veneti em sua cidade natal, Pádua, em 1959. A orquestra toca com regularidade no Festival de Salzburgo desde 1965.
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Folha - Entre os 23 membros da orquestra que vêm ao Brasil, quantos são remanescentes da formação original?
Claudio Scimone - Só um. Houve um renascimento do interesse pela música entre os jovens italianos, o que permite à orquestra estar em um rejuvenescimento contínuo.
Folha - Qual era sua idéia inicial ao fundar o grupo?
Claudio Scimone - Éramos jovens que queriam fazer pesquisa musical. Vivíamos na região do Vêneto. Não entendíamos como, em um local que tinha tanta riqueza cultural, a música fosse tocada de maneira tão estilizada.
Folha - Qual o segredo da interpretação dessa música?
Claudio Scimone - É entender que o compositor escreve a música de seu tempo. Ela deve ser tocada como se tivesse sido composta hoje.

Concerto: I Solisti Veneti
Quando: hoje, às 21h
Onde: Teatro Municipal (pça. Ramos de Azevedo, s/nº, tel. 222-8698)
Preço: de R$ 5 a R$ 40

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