São Paulo, quinta-feira, 12 de setembro de 1996
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Acre enfrenta falta de vacina de raiva para combater epidemia

Em 96 já foram registrados sete casos em seres humanos

CLAUDIO ANGELO
FREE-LANCER PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM RIO BRANCO

O Acre está enfrentando uma epidemia de raiva, segundo informou ontem à Agência Folha a diretora do Departamento Estadual de Vigilância Epidemiológica, Rosângela Rodrigues.
Desde o início do ano, foram registrados sete casos em seres humanos, 99 em cães e quatro em gatos. Até 95, o Acre nunca havia tido casos de raiva em seres humanos.
A situação pode se agravar porque já estão faltando vacinas. Há três dias, o Estado está sem vacina para seres humanos.
Nos meses de julho e agosto, foram registrados 702 casos de pessoas mordidas ou arranhadas por macacos, cães, gatos e morcegos -animais transmissores de raiva.
Pedido de vacina
A Secretaria da Saúde do Acre encaminhou anteontem ao Ministério da Saúde um pedido de remessa de 4.500 doses de vacina anti-rábica humana imediatamente.
"A epidemia já era esperada, pois o Estado nunca foi imunizado contra a raiva", disse a diretora.
A última campanha de vacinação anti-rábica só atingiu 52% da população canina do Estado. Rodrigues disse que a situação do Estado agravou-se após o surgimento de uma epidemia de raiva em Porto Velho, no Estado vizinho de Rondônia.
Segundo ela, a movimentação de pessoas e animais entre as capitais de Rondônia e do Acre é intensa e deve ter trazido animais raivosos a Rio Branco. O primeiro caso em ser humano foi detectado em janeiro deste ano, com a morte de uma criança de nove anos na capital.

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