São Paulo, quinta-feira, 12 de setembro de 1996
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Itamaraty vai estudar auxílio financeiro

DA AGÊNCIA FOLHA, EM BAURU

O drama vivido pela família Seike no Japão já é do conhecimento do Itamaraty (Ministério das Relações Exteriores do Brasil), segundo informou ontem sua assessoria de imprensa.
O caso está sendo acompanhado pela conselheira do Itamaraty Gladis Facó. Segundo o Itamaraty, Facó determinou anteontem que o Consulado Geral do Brasil no Japão, com sede em Tóquio, tomasse as providências para ficar informado sobre a situação de Dal.
O pedido foi encaminhado ao cônsul-geral, Sérgio Maurício Palazzo, anteontem. Segundo o órgão, um emissário do consulado deve ter ido ontem para Oaza Hinomiyakamishinkiri para se encontrar com Shikahide Seike.
O Itamaraty espera um relatório de Palazzo, que deverá ser enviado ainda hoje para Brasília. Nesse relatório, ele deverá expor a situação e indicar as providências a serem tomadas.
Auxílio financeiro Segundo a assessoria do ministério, com base nesse relatório, Facó deverá decidir se presta ou não auxílio financeiro à família, custeando os serviços médicos e o retorno do rapaz e de seu pai ao Brasil.
A Agência Folha apurou que uma das condições para que o governo brasileiro pague todas as despesas é comprovar que a família Seike não tem condições financeiras para tanto.
Outra providência sugerida pelo Consulado do Japão em São Paulo é apurar se os Seike estavam trabalhando sem registro nas empresas que os contrataram.
Segundo a assessoria de imprensa do consulado japonês, se isso ficar comprovado, todas as despesas médicas deverão ser pagas pela empresa na qual Dal trabalhava.
A Agência Folha não conseguiu falar ontem diretamente com Gladis Facó, que passou parte da tarde em uma reunião no ministério e, em seguida, foi a compromissos fora do Itamaraty.
As informações no Brasil sobre o estado do menino ainda são poucas e difíceis de obter. Aparecida Duarte Seike disse que passou ontem o dia todo tentando saber do estado do filho por telefone, mas não teve êxito.
Segundo ela, seu marido deixou de telefonar porque está sem dinheiro, inteiramente gasto durante a hospitalização de Dal.

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