São Paulo, quinta-feira, 12 de setembro de 1996![]() |
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Téchiné revive anos 60
INÁCIO ARAUJO
O pretexto do filme é o crescimento, a descoberta da sexualidade. Não são aspectos secundários na vida de ninguém, e o reconhecimento da homossexualidade por um dos rapazes do grupo resulta em momentos sensibilíssimos, nada sensacionalistas, nada de exploração do fato. Mas o que o filme melhor revela é um momento da história francesa contemporânea: o tempo da OAS (organização terrorista ligada à parte do exército que combatia a independência da Argélia), do final da guerra colonial. Então, o que temos é um bom cineasta a quem frequentemente falta assunto -André Téchiné-, desta vez com assunto. Os personagens retomam o espectro político francês -dos comunistas, que defendem a independência argelina, aos que retornaram da África e se julgam traídos por seus compatriotas. Téchiné revolve a imagem desse país cindido, análogo à adolescência. É um filme em que a cerebralidade e a sensibilidade andam juntos. Quando isso acontece, Téchiné brilha. (IA) Texto Anterior: CLIPE Próximo Texto: Atrizes grávidas dominam Barrashopping Índice |
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