São Paulo, sexta-feira, 13 de setembro de 1996
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Polêmica à vista; Chumbo quente; Desconfiança federal; Versão oficial; Direitos adquiridos; Sapo à vista; Dança dos números; Cabeça-de-ponte; Desculpa esfarrapada; Esperneio por nada; Impressões digitais; Segredo de polichinelo; Efeito bisturi; Briga por espaço; Aval do Planalto; Prato frio; Visita à Folha

Polêmica à vista
O decreto 2.004, publicado ontem, diz que a Secretaria de Comunicação Social coordenará "as negociações (de publicidade) com os veículos de comunicação". No próprio Planalto, há quem ache isso estranho.

Chumbo quente
Um interlocutor de FHC classificou o decreto 2.004, que trata de publicidade oficial, de "volta ao governo Collor". E setores do mercado publicitário acham que haveria margem a cartelização e manipulação de licitações.

Desconfiança federal
Algumas agências de publicidade julgam que o decreto 2.004 dá superpoderes à Secretaria de Comunicação Social. Foi mal recebida também a possibilidade de a Radiobrás delegar e distribuir a publicidade legal.

Versão oficial
O porta-voz Sérgio Amaral diz que o decreto 2.004 "aproxima as regras da publicidade oficial das do setor privado". Nega concentração de poder. E promete regulamentá-lo em 45 dias.

Direitos adquiridos
O decreto 2.004, segundo Sérgio Amaral, é uma "saída legal, já que não se cumpre lei que manda a Radiobrás distribuir a publicidade legal". Declara que os contratos atuais e os direitos das agências serão respeitados.

Sapo à vista
Os militares suspeitam que o próximo passo da família de Lamarca pedirão a sua promoção póstuma. Prometem reação.

Dança dos números
Pesquisa Ibope sobre a eleição paulistana divulgada ontem traz Pitta liderando com 41%. A seguir, vêm Erundina (17%), Serra (14%) e Rossi (9%).

Cabeça-de-ponte
Maluf só se refere a Inocêncio Oliveira como "meu vice", em referência a 98. O líder pefelista só quer apoio para a eleição da presidência da Câmara.

Desculpa esfarrapada
O TRE enviou fax à produção do "Opinião Nacional", programa da TV Cultura, dizendo que os debates entre os candidatos não ferem a lei eleitoral. Ao contrário do alegado por Pitta para escapar do encontro com Serra.

Esperneio por nada
O TRE deu razão à TV Cultura na briga com Serra. Apoiou a decisão de não ceder para Serra o espaço de Pitta, que faltou ao "Opinião Nacional", anteontem. E recomendou o procedimento para casos futuros.

Impressões digitais
A cúpula do PMDB botou na conta de Luiz Carlos Santos (Assuntos Políticos) a saída de Gilberto Miranda (AM) do partido. O ministro quer presidir a Câmara, mas para isso precisa antes garantir o Senado para ACM.

Segredo de polichinelo
Avisado de que no Congresso todo mundo acredita que Gilberto Miranda deixou o PMDB em troca de acordo com o fisco, Everardo Maciel (Receita Federal) tratou de espalhar que ninguém combinou nada com ele.

Efeito bisturi
Gilberto Miranda apareceu ontem com o rosto vermelho feito um pimentão. Não era vergonha pelas perguntas dos senadores sobre o suposto acordo para tirar o fisco de seus calcanhares. Era resultado de duas plásticas.

Briga por espaço
O PMDB teme perder o Ministério dos Transportes. Por isso, Geddel Vieira Lima, candidato a líder na Câmara, atacou o secretário-executivo, José Luiz Portella, indicado por FHC porque teve sucesso ao gerir a FAE.

Aval do Planalto
Do secretário-executivo dos Transportes, José Luiz Portella, sobre o ataque de Geddel Vieira Lima: "O PMDB é um grande aliado. Dou a mesma atenção a todos e estou aqui para garantir as metas que o presidente quer".

Prato frio
O Planalto esperou três meses para demitir um afilhado de Vicente Cascione (PTB-SP) da Codesp. "É medíocre", reagiu o deputado, que foi avisado, mas votou contra, na primeira votação da Previdência.

Visita à Folha
Os economistas Ilan Goldfajn e Eduardo Giannetti da Fonseca visitaram ontem a Folha, onde foram recebidos em almoço.

TIROTEIO
De Sérgio Cabral Filho, candidato do PSDB no Rio, sobre as críticas de Cesar Maia a Serjão:
- Maia não tem nenhuma importância para FHC e para o PFL. É um bibelô dos caciques.

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