São Paulo, sexta-feira, 13 de setembro de 1996
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Passarinho elogia competência

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Jarbas Passarinho, 76, ex-ministro e ex-senador pelo Pará, não atribui ao general Ernesto Geisel o mérito pela abertura política.
A marca do seu governo, segundo Passarinho, foi a "visão de estadista no trabalho de reorganização econômica para enfrentar a crise do petróleo".
"Foi Médici quem, ao derrotar a guerrilha de esquerda, proporcionou o início da abertura política", disse Passarinho. A idéia de que Geisel foi o patrono da distensão pode ser creditada ao "império das circunstâncias", segundo ele.
Passarinho foi ministro da Educação e Cultura no governo Emílio Médici (1969-1974). Antes, servira o governo Costa e Silva (67-69) como ministro do Trabalho e Previdência. Também foi ministro da Previdência no governo Figueiredo (79-84) e ministro da Justiça do governo Fernando Collor (92).
Na sua opinião, "qualquer balanço da vida política do ex-presidente Geisel é altamente favorável. Entre outros motivos, porque ele foi um dos generais mais bem preparados que assumiram a Presidência da República no período autoritário".
Passarinho disse que as medidas que o governo Geisel patrocinou "mostram que o ex-presidente era avesso a políticas imediatistas".
"Geisel começou a exercitar essa visão de estadista à frente da Petrobrás. Lançou a empresa na pesquisa de petróleo no mar e, praticamente, abandonou a plataforma continental. Transformou a Petrobrás numa empresa de ponta na prospecção em águas profundas."

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