São Paulo, sexta-feira, 13 de setembro de 1996
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Candidatos se estabilizam, e crescem chances de 2º turno em São Paulo

CARLOS EDUARDO ALVES
DA REPORTAGEM LOCAL

Pesquisa do Datafolha realizada anteontem e ontem indica a possibilidade cada vez maior de haver um segundo turno na eleição para a Prefeitura de São Paulo.
Celso Pitta (PPB) manteve seus 40% obtidos na pesquisa anterior (dia 6 último). A soma dos votos de seus adversários atinge 51%.
Para que alguém vencer no primeiro turno, é necessário que obtenha um voto a mais do que o total da soma dos concorrentes.
O estudo mostra, também, um quadro de estabilidade. Luiza Erundina (PT) oscilou positivamente de 20% para 22%, dentro da margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou menos.
José Serra (PSDB) continuou com sua discreta curva ascensional, ao variar de 14% para 15%, mas não conseguiu aproximar-se mais de Erundina.
A estabilidade também foi refletida nos números sobre Francisco Rossi: 10%, assim como no levantamento anterior.
José Aristodemo Pinotti (PMDB) oscilou para baixo, de 4% para os atuais 2%, e Campos Machado (PTB) manteve 1%. Pela primeira vez, Havanir Nimtz (Prona) atingiu 1%.
Resistência
A pesquisa reforça, também, a impressão de que Erundina fincou pé na faixa dos 20%, pelo menos. Ou seja, para que fique fora de um possível segundo turno, é necessário que Serra (seu mais direto perseguidor) tenha fôlego para chegar na casa dos 20%.
Na distribuição por área geográfica, Pitta obtém sua melhor marca na zona sul (43%). Os índices mais baixos do candidato malufista estão nas zonas norte e oeste (37% em cada).
Erundina tem na zona oeste (28%) seu ponto alto. Fica nos 19% nas zona sul, norte e centro.
O centro é a região que dá mais, percentualmente, ao tucano Serra: 20%. A oeste é o ponto fraco da candidatura, com 12%. Ali, Serra é superado por Rossi (17%).
Espontânea
Na pesquisa espontânea, em que o entrevistado cita seu candidato sem a necessidade de apresentação de um cartão com os nomes dos concorrentes, não houve alteração significativa. Pitta (35%), Serra (10%) e Rossi (6%) repetiram os dados da última pesquisa e Erundina oscilou de 15% para 17%.
Nenhum dos principais candidatos sequer oscilou na rejeição.

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