São Paulo, sexta-feira, 13 de setembro de 1996
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Chang troca rebatida por camisetas

Para teens, clínica durou pouco

CRISTINA RIGITANO
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Cerca de 130 atletas mirins bateram bola ontem à tarde com os tenistas norte-americanos Michael Chang, 24, e Todd Martin, 26, no ginásio do Maracanãzinho (zona norte do Rio de Janeiro).
"Foi bom vocês terem vindo aqui. Vamos bater bola, vai ser uma experiência ótima", disse Chang, segundo tenista no ranking mundial, pouco antes da clínica com crianças e adolescentes brasileiros, que começou às 17h e teve duração de uma hora e meia.
Enfileirados, os novatos aguardavam ansiosos a vez de ficar cara a cara com os ídolos.
"Acho ótimo estar com ele (Chang). Não vai dar para aprender muita coisa porque tem muita gente, mas vale como experiência. Vou pedir um autógrafo", disse Luís Fernando Porto, 15, tenista da escola Etel, no Jardim Botânico (zona sul do Rio).
Para os mais experientes, porém, a tarefa de jogar por alguns instantes com Chang não parecia das mais complicadas.
"Queria bater bola com ele. Quanto mais tempo eu conseguir ficar sem errar será melhor porque fico na quadra. Mas acho que não vai ser muito difícil", disse o tenista Daniel Wajnperg, 17, primeiro lugar no ranking carioca e décima posição no brasileiro, categoria 17/18 anos. Wajnperg joga tênis há 11 anos.
Outros campeões mirins estiveram no Maracanãzinho para aprimorar a técnica, entre eles o tenista Luís Henrique Barbosa, 15, primeiro lugar do ranking carioca e 14º do brasileiro, categoria 16 anos.
"Admiro muito o trabalho do Chang. Ele é um dos melhores do mundo e tem muita coisa para me ensinar. Pena que é pouco tempo", disse Barbosa.
Idolatria
Alguns dos pequeninos não percebiam a importância do evento. O baixinho Diego Vaz, 7, era o primeiro da fila, mas não tinha a mesma ansiedade dos maiores.
"O meu ídolo mesmo é o brasileiro Fernando Meligeni. E, dos americanos, o melhor é o Pete Sampras", disse o garoto, que joga tênis há um ano na academia Rio Sport Center, na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio).
Quem se deu bem foi o adolescente Leandro Portugal, 13, que ganhou uma camiseta ao acertar uma rebatida de Chang. "Vou guardar a camiseta com muito carinho", disse o teen, que pratica o esporte em Niterói.
Assim como Leandro Portugal, cerca de 30 crianças foram presenteadas com camisetas e bonés distribuídos na quadra.
Segundo Chang, a clínica foi boa para difundir o esporte entre crianças e adolescentes e descobrir novos valores.
Logo depois, ele e Martin disputariam um torneio-exibição contra os brasileiros Gustavo Kuerten e Fernando Meligeni, que usam a competição como treino para a disputa da Copa Davis.
O Brasil enfrenta a Áustria, na semana que vem, em São Paulo.

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