São Paulo, sexta-feira, 13 de setembro de 1996 |
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Europeus do La Reserve só decepcionam pelo preço alto
JOSIMAR MELO
A fórmula pode parecer óbvia, mas não é em uma cidade onde a restauração é frequentemente apenas um investimento financeiro. Os proprietários são do ramo. E a tônica européia não é mera afetação: a dupla veio de lá. Oscar Spitzer, 30, é austríaco, estudou hotelaria e passou por cozinhas européias como as do hotel Imperial (Viena), Il Torado (Milão) e Quinta do Lago (Portugal). Foi nesta última, no Algarve, que ele conheceu o alemão Peter Rossbach, 33. Com um currículo de trabalho administrando cozinhas de hotéis na Europa e casado com uma brasileira, Rossbach se aventurou a abrir uma casa em São Paulo, tendo Spitzer como sócio. O ponto escolhido, no coração dos Jardins, tem uma decoração clássica. O bar fica na entrada e meio piso abaixo está o salão, banhado por luz natural de dia e por suaves candelabros à noite. O serviço vai se afinando nestes primeiros tempos de funcionamento. O cardápio é pan-europeu, com influências que não se restringem ao binômio França-Itália. A cozinha pequena, sem espaço para grandes freezers, impõe saudável opção por um número reduzido de pratos fixos. Há um menu-degustação com três pratos (à noite) e um cardápio executivo no almoço, a preços mais moderados (já que o menu principal cobra preços excessivos). Outra entrada interessante é o "tafelspitz", finas fatias de lagarto cozido em caldo aromático e aromatizado com vinagre balsâmico e vinagrete de pimenta verde. Entre os pratos principais, o lombinho de porco, levemente empanado, não consegue escapar da sina de vir um pouco seco, mas é salvo pelo molho de mostarda Dijon. Uma visita ao La Reserve tem boas chances de não decepcionar -a não ser pela conta, despropositadamente cara. Texto Anterior: Que desapareçam as rugas das testas de grandes chefs Próximo Texto: La Reserve Índice |
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