São Paulo, sábado, 14 de setembro de 1996
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Lei de Gerson; Projeto família; Mercado futuro; Raspando o tacho; Injeção de otimismo; Rapidez econômica; Olho no olho; Pano para manga; Pecado eleitoral; Perestroika petista; Visão de fora; Agenda eleitoral; Trator acelerando; Último apaga a luz; Trajeto refeito; E caíram da cama; Candidato masoquista

Lei de Gerson
Naufragou a tese de reforma política defendida pelo PSDB e o vice-presidente, Marco Maciel. O Planalto só deve mexer na Lei das Inelegibilidades, que catalisa apoio à emenda da reeleição.

Projeto família
A mudança na Lei das Inelegibilidades é fundamental para garantir apoio à emenda da reeleição. Permitirá, por exemplo, que os filhos de Miguel Arraes (PE) e de Siqueira Campos (TO) concorram à sucessão dos pais.

Mercado futuro
Gilberto Miranda (AM) ficará um período sem partido. Para aumentar o cacife na hora de garantir as promessas que recebeu para trocar o PMDB pelo PFL.

Raspando o tacho
O Planalto anuncia depois de amanhã uma grande liberação de verbas do Orçamento. A reforma agrária e a força de paz do Brasil em Angola estão no pacote, que é de R$ 1,3 bilhão.

Injeção de otimismo
A Volkswagen, que está negociando a abertura de duas linhas de montagem (Golf e Audi) no país, mostra a FHC, na segunda, o motor desenvolvido na nova fábrica de São Carlos (SP).

Rapidez econômica
FHC sanciona no dia 23, sem vetos, a lei que institui o juízo arbitral nas áreas de comércio e finanças, de autoria do vice, Marco Maciel, quando senador.

Olho no olho
A Lei Maciel permite que pessoas e empresas resolvam diretamente os contenciosos, sem burocracia judicial. Nos EUA, em 95, foram resolvidas dessa maneira 1,2 milhão de pendências.

Pano para manga
Em menos de 45 minutos, Antônio Brasil (PMDB-PA) obteve 174 assinaturas para uma CPI dos institutos de pesquisa. Diz haver manipulação. Cita dados de pesquisa Ibope/MCI (do Planalto) sobre sucessão que se chocariam com os do Datafolha.

Pecado eleitoral
Nas segunda-feira, os 38 outdoors da Igreja Católica na capital paulista terão a seguinte mensagem: "Seu voto tem dignidade. É crime vender o voto. É crime comprar o voto."

Perestroika petista
A revista do PT "Teoria e Debate", que passou por um processo de reformulação, estará nas bancas a partir de terça. A linha editorial abandonou a guerra interna e ampliou a pauta para assuntos extrapartido.

Visão de fora
Relatório distribuído nesta semana pela corretora americana Merrill Lynch prevê crescimento "moderado" de 4% do PIB brasileiro em 97. Para 98, a previsão é mais otimista: entre 5% e 6%.

Agenda eleitoral
Para a corretora Merrill Lynch, o governo vai segurar o crescimento este ano e em 97. O objetivo é evitar um superaquecimento agora para não ter que deter a economia justamente "às vésperas da eleição de 98".

Trator acelerando
Aos coordenadores da campanha de Serra, Serjão mandou um recente aviso: vai continuar a bater em Maluf "em alto estilo". Acha que só isso salva a candidatura tucana em São Paulo.

Último apaga a luz
Peemedebistas do interior estão desembarcando da canoa de Quércia ao governo paulista em 98. Crêem que ele não tem chance. Ou lançam um prefeito do interior ou compõem com Covas.

Trajeto refeito
O governo do Tocantins entrega em dezembro a rodovia Coluna Prestes. São 432 km ligando os municípios percorridos pela marcha de Luís Carlos Prestes no Estado. Um memorial foi encomendado a Oscar Niemeyer.

E caíram da cama
Como Quércia, pefelistas paulistas também torcem por uma aliança com Maluf nas eleições de 98. Com o prefeito paulistano para presidente e Antônio Cabrera para o governo do Estado.

Candidato masoquista
Inocêncio Oliveira (PFL-PE) diz não entender a candidatura de Paes de Andrade (PMDB-PE) a presidente da Câmara. "O Paes já admitiu que perde, se eu for o candidato. Só se ele estiver indo para o sacrifício", ironiza.

TIROTEIO
De Arthur Virgílio (AM), secretário-geral do PSDB, sobre o Projeto Cingapura:
- O projeto habitacional do Maluf na verdade é o Projeto Viaduto. Os ricos passam por cima. Os pobres moram embaixo.

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