São Paulo, sábado, 14 de setembro de 1996 |
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Miami usa em pequenas áreas
EDIANA BALLERONI
"É um sistema de transporte para uma pequena região com grande densidade populacional. Não funciona para grandes distâncias", afirma Manny Palmeiro, diretor de marketing do Metro-Dade Transit Agency -o departamento de trânsito do condado de Dade. As principais desvantagens no uso do minimetrô aéreo em grandes trajetos são, segundo Palmeiro, a lentidão, a baixa capacidade de transporte e o desconforto, pois quase não possui assentos. Conforme o número de paradas, a velocidade média pode chegar a 24 km/h. O metrô convencional desenvolve até 96 km/h. Nos Estados Unidos, o minimetrô aéreo é chamado de "metromover". O de Miami tem 7 quilômetros de comprimento e circunda o centro da cidade. A velocidade média varia entre 24 km/h e 40 km/h. No caso de Miami, há 21 estações e 21 carros em atividade. Eles circulam em espaços de três minutos entre um e outro. São transportadas, em média, 14 mil pessoas por dia. O carro circula sobre pneus de borracha. A alimentação de energia é feita por um trilho central, sob o carro. Este corre em uma canaleta de concreto, cerca de dois andares acima do chão, sustentada por pilares. É possível engatar, no máximo, três carros juntos. "Obviamente é mais barato construir e manter um 'metromover' do que um metrô. A operação é totalmente computadorizada, o que dispensa mão-de-obra", disse Frank Baron 3º, planejador titular da Metropolitan Planning Organization do condado de Dade. A MPO existe em 29 cidades norte-americanas densamente habitadas. Miami tem um décimo da população de São Paulo. O "metromover", diz Palmeiro, é ideal para Miami, pois o sistema de transporte liga os ônibus ao metrô e o metrô ao "metromover". Com isso, poucos carros vão para o centro - eliminando a poluição e a necessidade de estacionamentos. Na opinião de Nejat Veziroglu, professor e diretor do Instituto de Pesquisa sobre Energia Limpa da Universidade de Miami, é possível desenhar um "metromover" para cobrir grandes distâncias - ainda que isso não tenha sido feito até hoje. "Seria a solução ideal para São Paulo", acrescentou. Texto Anterior: 'Nunca chega na hora', reclama usuário Próximo Texto: Pitta admite que não há projeto do 'Fura-Fila', mas defende implantação Índice |
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