São Paulo, sábado, 14 de setembro de 1996 |
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Secretarias de Maluf são investigadas
MARIO CESAR CARVALHO
Na educação, a prefeitura deixou de aplicar R$ 176,3 milhões no ano passado, segundo o Tribunal de Contas do Município. As secretarias da Saúde e do Bem-Estar Social teriam deixado de priorizar o atendimento a crianças. Elas também não teriam construído creches e abrigos para menores, relacionados como prioridades na Lei de Diretrizes Orçamentárias. Já a Secretaria de Vias Públicas está sendo investigada pela suspeita de superfaturamento na construção do complexo viário Ayrton Senna. Educação O promotor Maurício Ribeiro Lopes, 34, diz que a prefeitura inclui o pagamento de professores aposentados, de parte da Guarda Civil Metropolitana e de gastos com asfalto e iluminação no percentual destinado à educação. "Se com toda essa manipulação foi detectado que falta verba para a educação, o rombo é maior ainda", diz o promotor. A lei não especifica se asfaltar uma rua onde há escola é aplicar na educação. A Câmara aprovou uma lei em junho que detalhava o que seria investimento em educação, mas ela foi vetada por Maluf. O Fórum Municipal de Educação estima que seria possível dobrar o piso salarial dos 30 mil professores da rede municipal com os R$ 176,3 milhões. O piso hoje é de R$ 265. Para Giulia Pierro, 47, coordenadora do fórum, faltam 4.000 professores na rede municipal, principalmente entre a 5ª e a 8ª séries, para as quais são exigidos profissionais com curso universitário. Texto Anterior: Fracasso do projeto é esperança tucana Próximo Texto: Gestão diz que o social tem verba Índice |
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