São Paulo, sábado, 14 de setembro de 1996 |
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Indicadores dos EUA fazem Bovespa subir
JOSÉ CARLOS VIDEIRA
O índice Bovespa avançou 1,14% (a segunda maior alta do mês), para 64.642 pontos. O volume financeiro total da Bolsa paulista atingiu R$ 505,9 milhões (o mais alto desde 28 de agosto), 64% superior ao registrado no dia anterior. Todo esse desempenho foi baseado na divulgação de indicadores da economia norte-americana: Índice de Preços ao Consumidor e vendas no varejo. Os números mostraram que a economia dos EUA está aquecida. Só que esse aquecimento não está gerando aumento dos preços na ponta do consumo. Essa característica deve pesar na decisão do Fed (banco central dos EUA) de calibrar a taxa de juro primário. Com isso, as taxas de juro dos títulos de 30 anos nos EUA recuaram para 6,95%, contra 7,07% no dia anterior, e o índice Dow Jones, da Bolsa de Valores de Nova York, valorizou-se 1,15%. O cenário mais otimista lá fora refletiu-se no mercado doméstico, que está muito atento às tendências internacionais que possam afetar o fluxo de recursos para os mercados emergentes. Entre as ações de primeira linha, o destaque ontem ficou por conta de Eletrobrás PNB, que fechou a R$ 284 o lote de mil ações, com alta de 2,2%. Telebrás PN subiu 1,7%, fechando a R$ 79,75 o lote de mil. Alguns operadores observam que algumas ações da chamada segunda linha começam a ganhar liquidez. Esse comportamento pode influenciar a mudança de foco de investimentos para papéis menos voláteis e contribuir para o mercado ficar menos concentrado. Câmbio O dia foi menos agitado nas mesas de câmbio ontem. A cotação do dólar comercial cedeu com o aumento do fluxo de entradas, revertendo a pressão de saída registrada durante todo o dia anterior. O mercado abriu forte no início dos negócios, mas recuou durante o dia inteiro, com fluxo de entrada calculado em torno de US$ 100 milhões. Texto Anterior: Terminal marítimo tem recorde Próximo Texto: Inflação já é página virada, afirma FHC Índice |
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