São Paulo, sábado, 14 de setembro de 1996
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Produção industrial sobe 4,3% em julho

DA SUCURSAL DO RIO

A produção industrial brasileira registrou, em julho, crescimento de 4,3% em relação a junho, no cálculo livre de influências sazonais divulgado ontem na Pesquisa Industrial Mensal do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Trata-se do maior incremento nesse tipo de comparação desde junho do ano passado.
Na comparação com o mesmo mês de 1995, os resultados de julho apontam crescimento de 9,6%, o que significa a melhor marca desde abril do ano passado, quando o índice apresentou aumento de 11,6%.
O indicador acumulado desde o início deste ano registra, com o resultado de julho, desempenho melhor em relação ao de 95. Entre janeiro e julho, a produção industrial caiu 2,6%, contra queda de 4,6% no mesmo período de 95. O acumulado dos últimos 12 meses até julho registra queda de 4,1%.
Causas
Segundo avaliação dos coordenadores da pesquisa, o incremento da produção industrial em julho pode ser reflexo da redução das taxas de juros e da expansão do crédito.
Essa mesma avaliação sugere que a retomada do nível industrial deve continuar nos próximos meses, por influência, entre outros fatores, dos gastos decorrentes do período eleitoral, da expansão do setor agrícola (após o fim da entressafra) e da sazonalidade do período -devido às encomendas do comércio para o Natal.
Recordista
O setor de bens de consumo duráveis foi o que registrou as maiores taxas de crescimento na comparação com o mesmo mês de 95, com 32,2%. O subsetor de veículos avançou 58,4%.
O setor de bens de consumo semiduráveis e não-duráveis teve o menor acréscimo (1,4%) na comparação de julho com junho. De janeiro a julho deste ano, o setor registra avanço acumulado de 5%.
Os bens de capital tiveram crescimento de 5% na comparação entre julho e junho, e os bens intermediários, 5,7%.
Em termos dos gêneros industriais, 18 tiveram resultados positivos nessa comparação, com destaque para mobiliário (31,4%), matérias plásticas (31,2%), material de transporte (21,9%) e minerais não-metálicos (14,3%).
Apenas as indústrias mecânica e farmacêutica sofreram queda, com menos 4,7% e menos 6,5%, respectivamente, segundo os dados do IBGE.

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