São Paulo, sábado, 14 de setembro de 1996
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Verde 27

JOSÉ HENRIQUE MARIANTE
E O CAMPEÃO DA INDY FOI JIMMY VASSER. PRAZER, ZÉ.

Vasser provou, mais uma vez, que qualquer um pode ganhar o título da Indy.
Basta um bom carro (tinha) e um pouco de sorte (teve). A habilidade? Bem, a habilidade pode ser desperdiçada na primeira bandeira amarela.
Sou crítico confesso dessa maldita fórmula da emoção, do imponderável criado por decreto, desse bingo tecnológico em que as vitórias caem do céu e nunca nada está perdido.
Pior, a temporada deste ano viveu sob a "síndrome de Johnstone". Até quem não era do ramo saiu jogando o carro em cima. Não pela vitória, pelo título. Mas pela décima e não sei mais qual colocação, em cima do líder, como se tudo não passasse de uma brincadeira de kart de fim-de-semana.
Zanardi, que de fato se revelou, perdeu duas vitórias certas, uma por motor, outra por causa de algum insano. Pontos que lhe dariam o título, a consagração de repetir Mansell.
Ironicamente, o italiano respondeu com a mesma moeda na última volta do campeonato. Naquele saca-rolhas de Monterey, não pensou, entrou para o clube e tacou o carro na zebra.
Uma ultrapassagem impressionante, mal-humorada, sacana, de quem faria tudo pela vitória e fez. De campeão.
Distante, anos-luz, das atrocidades cometidas ao longo do ano, absolvidas pela falta de pulso da Cart.
*
Com Hill fora da McLaren e o primeiro irmão na Jordan, a coisa fica feia para Barrichello.
Dizem que a saída seria um contrato com a TWR, caso Walkinshaw conseguisse o motor Judd, que hoje corre com o "label" da Yamaha na Tyrrell.
Na nova versão, ganharia o nome de um fabricante coreano, Hyundai ou Daewoo.

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