São Paulo, sábado, 14 de setembro de 1996 |
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Faroeste domina a tarde
INÁCIO ARAUJO
No faroeste, como em "O Estigma da Crueldade" (Fox, 17h), despojava-se da produção pesada. No caso, constrói um belíssimo personagem, na pessoa de Gregory Peck, um homem obcecado pela idéia de capturar os homens que mataram sua mulher. Anthony Mann tinha o Oeste por cenário natural. Era o homem dos grandes espaços, do cinemascope, das grandes panorâmicas. Felizmente, "O Preço de um Homem" (TNT, 15h45) pode ser visto em TV sem grandes perdas. E James Stewart está memorável como o caçador de recompensas a princípio visto como um espécie de crápula, mas cuja personalidade se revela ao longo do filme. São dois filmes característicos dos anos 50. Primeiro, porque o faroeste era um gênero cultuado ainda com naturalidade (o que deixou de acontecer após o envolvimento dos EUA no Vietnã). Segundo, porque, embora tragam a marca de seres em conflito, característica do período, os dois filmes estão plenamente inseridos na utopia do Oeste: ali, a conquista territorial, a construção dos EUA tal como conhecemos, equivale à descoberta de si mesmo. (IA) Texto Anterior: CLIPE Próximo Texto: Eleazar de Carvalho regia com emoção Índice |
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