São Paulo, sábado, 14 de setembro de 1996
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Hedonismo predomina no trabalho

PEDRO ALEXANDRE SANCHES
DA REDAÇÃO

"Lory F. Band" é um disco bastante diferente de "Burguesia" (89), de Cazuza, gravado em circunstâncias semelhantes. Sua gana em nenhum momento delata o estado em que se encontrava.
Lory esbanja vocais limpos, sarcásticos, desabusados e livres de qualquer autopiedade.
A morte está presente nas letras, mas nunca é sua força motriz. O que predomina é um hedonismo que não deixa frestas para culpas. Lory confirma a cada faixa que tudo aconteceu como devia ter sido -o vírus foi o único imprevisto.
A sonoridade varia de Rita Lee em fase "Fruto Proibido" (75), nos melhores momentos a Led Zeppelin, nos piores.
A matriz é, portanto, revisionista, algo anacrônica. Mas é rock'n'roll, ninguém há de negar -além de documento histórico do pop brasileiro.
(PAS)

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