São Paulo, segunda-feira, 16 de setembro de 1996 |
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Fim da URSS foi em 1991
JAIME SPITZCOVSKY
Os algozes eram os presidentes Boris Ieltsin, da Rússia; Leonid Kravtchuk, da Ucrânia e Stanislav Chuchkevitch, da Belarus. A União Soviética era um mosaico de 15 repúblicas. O poder repousava centralizado em Moscou, o coração do império montado pelos comunistas responsáveis pela revolução de 1917. Em 1985, Mikhail Gorbatchov chegou ao poder e deslanchou a glasnost, um processo de reformas que não deveriam ultrapassar dois limites. O primeiro era questionar a presença do Partido Comunista no poder; o segundo, desmontar o império formado pelos comunistas. Mas Gorbatchov abriu as comportas para processos que ele não conseguiu controlar. Um deles foi o nacionalismo nas repúblicas que formavam a URSS, ingrediente básico para destruir o império. Três repúblicas foram pioneiras na luta pela independência. Lituânia, Letônia e Estônia, anexadas por Moscou durante a Segunda Guerra Mundial, apresentaram os primeiros desafios, e os lituanos se libertaram em março de 1990. Era o começo do fim de um dos principais protagonistas da Guerra Fria. Até mesmo estrategistas da Casa Branca, mergulhados em estudos sobre o futuro do inimigo, tinham dificuldades para imaginar que a União Soviética poderia desaparecer. Em agosto de 1991, com o fracasso de um golpe de Estado comunista que buscava estancar a desintegração do império soviético, acelerou-se o desmoronamento da URSS. Ieltsin e Kravtchuk, presidentes das duas principais repúblicas da URSS, perceberam que tinha chegado a hora de se livrar da sombra do poder central. E se livraram também do rival Mikhail Gorbatchov, então presidente da URSS. No lugar da URSS foi criada a Comunidade de Estados Independentes, uma aliança entre 12 ex-repúblicas soviéticas. Não existe mais poder centralizado em Moscou, mas a Rússia ainda tem importante influência junto a seus vizinhos. Texto Anterior: Humor local varia da euforia à tristeza Próximo Texto: Desrespeito cresce em conflito militar Índice |
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