São Paulo, terça-feira, 17 de setembro de 1996 |
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BC rola empréstimo de R$ 5 bi do Proer
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA GUSTAVO PATÚO Banco Central já recebeu os primeiros "calotes" nos empréstimos feitos a bancos quebrados no Proer, o programa de incentivo às fusões bancárias. Seis empréstimos do programa venceram no mês passado e não foram pagos. As operações, que totalizam R$ 4,918 bilhões, foram realizadas com os bancos Econômico, Banorte e Mercantil. Segundo a assessoria do presidente do BC, Gustavo Loyola, informou à Folha, os prazos foram renovados por 90 dias. O BC minimiza a importância do vencimento do prazo original, argumentando que podem ser feitas sucessivas renovações. Prazo Em outras operações do Proer, porém, o BC mostrou preocupação com o cumprimento do prazo original determinado pela operação de empréstimo. Ao emprestar R$ 1,686 bilhão para a CEF (Caixa Econômica Federal), por exemplo, o BC fixou o vencimento da linha do Proer em 15 de março de 2004. Enquanto autoriza mais prazo aos bancos, o BC alimenta a esperança de receber parte dos empréstimos em dinheiro. Mas, em compensação, o banco deixa de se apropriar das garantias oferecidas pelos devedores para realizar o empréstimo. Grande parte desses títulos "podres" tem prazo de vencimento de 30 anos. Ou seja, o BC deverá levar esse tempo para reaver parte do dinheiro liberado dentro do programa de ajuda aos bancos. Econômico O dinheiro foi injetado na chamada "parte ruim" do Econômico -o banco foi separado em duas partes para permitir sua absorção por outra instituição. As operações de boa qualidade (clientes, agências e créditos) foram absorvidas pelo Excel Banco. Também venceram em agosto passado os empréstimos do Proer recebidos pelas "partes ruins" dos bancos Banorte e Mercantil. Para viabilizar sua absorção pelo Bandeirantes, o Banorte recebeu, em maio passado, R$ 476 milhões do BC. O empréstimo venceu no último dia 27. Já o Mercantil, cujas operações de boa qualidade foram repassadas ao Rural, recebeu R$ 473 milhões em dinheiro do Proer com vencimento em 8 de agosto. Desembolsos Os gastos do Proer chegam a R$ 14,317 bilhões. As operações de fusão mais caras foram as do Econômico com o Excel Banco (R$ 6,578 bilhões) e do Nacional com o Unibanco (R$ 5,898 bilhões). As outras operações financiadas foram: Banorte-Bandeirantes (R$ 1,256 bilhão), Mercantil-Rural e Antônio de Queiroz-United (R$ 112 milhões). Ainda existe a previsão de que o Proer libere mais cerca de R$ 100 milhões para a absorção do Martinelli pelo Pontual. Outras linhas de financiamento do Proer também já podem estar vencidas. É que o BC não revela as condições dos empréstimos feitos ao Banco Nacional. Texto Anterior: FHC faz visita a filha em hospital de São Paulo Próximo Texto: SP pode recorrer ao programa de socorro a bancos estaduais Índice |
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